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Canyoning em Portugal

Em Portugal, os percursos de canyoning encontram-se localizados em três regiões distintas:

  • Continente: Norte e Centro
  • Arquipélago dos Açores: Ilhas das FloresSão JorgeSão Miguel, Santa Maria, Faial e Terceira
  • Ilha da Madeira

Madeira e os Açores apresentam condições excecionais para a prática da modalidade e contam com inúmeros percursos. Devido ao relevo acentuado e à geomorfologia vulcânica os itinerários de canyoning são, em geral, muito encaixados, com grandes verticais e pouco aquáticos.

No continente, a maioria dos percursos de canyoning concentra-se em zonas mais a norte, nas montanhas que servem de barreira de condensação: Serra da ArgaPeneda e GerêsAlvãoAradaFreita, Montemuro e Lousã.

A informação aqui disponibilizada não tem qualquer fim comercial e resulta do trabalho benévolo de diversos colaboradores. Convidamos todos os interessados a colaborar neste projeto, para podermos, em conjunto, enriquecer a página ou corrigir alguma informação.

Atenção: A informação disponibilizada nesta página é puramente indicativa, podendo conter erros ou encontrar-se desatualizada. Todos os percursos de canyoning sofrem modificações constantes, especialmente devido a causas naturais como cheias e derrocadas, que podem condicionar o estado do seu equipamento. Deve ser dada especial atenção aos saltos: verificar sempre a profundidade e ausência de obstáculos submersos antes de saltar, mesmo em piscinas que anteriormente estiveram desimpedidas.

PNPG - Parque Nacional da Peneda do Gerês

No PNPG existem inúmeros itinerários de canyoning, mas a sua frequência está condicionada ou proibida.

Para minimizar os impactos ambientais não se recomenda a comercialização destes itinerários, nem a sua frequência por grupos grandes. Aconselha-se ainda a recorrer aos serviços do Parque para mais informações e autorizações.

Principais itinerários:

Rio Cabril, Rio Castro Laboreiro, Rio Vez, Rio Fafião, Ribª das Pombas, Ribª da Peneda, Rio Ramiscal, etc.

Rio Ancora

Itinerário fácil utilizado para iniciação.

Parque Natural do Alvão

Rio Olo – Fisgas do Ermelo

Rio muito bonito com inúmeras cascatas e saltos. Requer elevados conhecimentos técnicos e existem restrições de acesso pelo Parque Natural. Como é muito encaixado, as acções de resgate são muito difíceis. Recomenda-se corda dupla de 50 metros.
Cerca de 8 rapeis, num total de cerca de 170m, num desnível total de cerca de 300 m.

Rio Poio

Um dos itinerários mais difíceis, embora parte da dificuldade possa ser contornada, com rapeis fora das zonas de cascata. Recomenda-se corda dupla de 60 metros.

Serra da Cabreira

Rio Cavez

Acesso: Canoso a Viela

Rio Caima – Fraga da Mizerela

Cascata com quase 70 metros, dois rapeis fraccionados pelo lado direito da cascata (abertura Pedro Pacheco) ou pelo centro da cascata, com reunião por baixo da cascata (abertura Francisco Silva), neste ultimo caso levar friends e pitões e não realizar com caudal elevado.

Rio da Ermida

Castro Daire, inicio em Codeçais e termo  na foz com o rio Paiva.
Maior rapel com 24 m.

Serra da Arada

Rio Teixeira e afluentes

Troço superior, entre Gestosinho e a ponte de Manhouce,
Troço médio, entre a estrada asfaltada e a barragem,
Troço inferior, abaixo da barragem da mini-hídrica.

Ribeira de Vessadas (afluente do Rio Teixeira)

Inicio na ponte antes da aldeia de Gestosinho.
Rapel máximo 22 m, 3 a 4 rapeis.

Ribeira de Paraduça

Acesso: pela levada para montante da ponte de Ervedoso, ou iniciar na ponte de Cabrum. Termino: na foz com o rio Teixeira.
Rapel máximo 20 m.

Rio Lordelo

Inicio mais prático a partir da estrada a 1 km a SW da Aldeia da Parada e terminar na foz com o rio Vouga. O troço acima da estrada tem 1 km interessante.

Rapel máximo 24 m.

Rio de Frades

Canyon muito interessante e técnico, constituído por dois troços distintos.

1º troço – ponte de Tebilhão (820m) até ponte do trilho que liga Rio de Frades a Cabreiros (450m).

2º troço – desta segunda ponte (450m) até ao túnel ou às minas de Rio de Frades (370m ou 320m).

1º troço - 3h a 5h; 4 a 5 km 2º troço - 1h a 3h30; 2 km (até túnel) a 4 km.
1º troço - Semi-equipado, os rapeis principais estão equipados apenas com um perne com plaquete. O segundo largo do rapel maior não está equipado sendo necessário deixar um pitão ou um "nó entalado". Existem boas fendas para esse efeito. 2º troço - Equipado.
1º troço - 3 Maio de 1997, por Francisco Silva, Paulo Alves e Maria do Céu Almeida. 2º troço - ?, por Pedro Pacheco e ?.
Fitas, cordeletas, cunhas, duas cordas de 45 m.
1º troço - Curso de água com caudal estival muito reduzido, com canais a retirarem parte da água a montante do rio. O canyon ganha interesse progressivamente. A meio deste troço o vale abre-se e somos surpreendidos por uma cascata em rampa com cerca de 70 metros. Alguns destrepes são difíceis. Contar com sete rapeis, podendo dois ser superados saltando. 2º troço - Inicia-se na ponte do trilho Rio de Frades - Cabreiros. Não convém fazer este troço fora da época estival ou com tempo instável. Os dois primeiros rapeis são junto à cascata e bastante escorregadios. Fazer segurança e ter muito atenção com pessoas pouco experientes. É possível contornar os três primeiros obstáculos descendo pela encosta na margem direita. Poderá realizar-se este troço sem recurso a rapel, superando os obstáculos através de saltos e a destrepes, mas dois dos saltos são perigosos. É possível fazer o rapel 6 e 7 com a amarração do 6, e o 9 e 10 com a amarração do 9. Ver perfil para mais pormenores.
Existem diversos acessos possíveis (ver mapa) Por jusante - Rio de Frades. A partir do centro de Arouca virar à esquerda seguindo a estrada 326 para Moldes, no cruzamento de Moldes virar para o lado contrário (esquerda) seguindo na estrada de Regoufe e na Ponte do Telhe virar à direita para Rio de Frades. Junto ao cemitério a estrada bifurca, a de baixo segue para a mina e a de cima para a aldeia. Deixar o automóvel no fim da estrada asfaltada de Rio de Frades (em Rio de Frades de Cima), onde se inicia o trilho que leva ao fim do troço 1 (15 min) , subindo em seguida para as aldeias de Cabreiros e depois por asfalto até ao rio que fica depois da aldeia de Tebilhão (1h15). Para regressar ao carro, seguir o trilho a partir da ponte (fim do troço1) ou utilizar o túnel, situado quase no fim do troço 2, seguindo de seguida o trilho que sobe para Rio de Frades de Cima (15 min). Poderá igualmente optar-se por deixar o carro no fim da estrada asfaltada que leva à mina situada na margem direita do rio. A partir daí subir até Rio de Frades de Cima (30 min). Caso não se pretenda realizar o troço 2, este é o acesso mais indicado. Por montante - Ponte de Tebilhão, Cabreiros. Subir à Serra da Freita e seguir pela estrada que atravessa a cumeada da Serra da Freita. O Rio fica a cerca de 3 km a NW da Aldeia de Cabreiros. Para recuperar o carro é necessário subir pelo caminho que liga Rio de Frades a Cabreiros. Inicio por montante e recuperação por jusante. Situação ideal caso se pretendam realizar os dois troços do rio e se existirem dois carros ou alguém a fazer o apoio. O principal inconveniente desta opção é que obriga a fazer uma grande volta de carro.
Em pensão ou hotel em Arouca, ou acampando no topo da serra, junto às minas ou na margem esquerda do rio depois do túnel. Existe uma mercearia em Rio de Frades e dois cafés / mercearias em Cabreiros.